sexta-feira, 9 de maio de 2014

Políticas para Culturas Populares é tema de Roda de Conversa na Teia Bahia 2014



Representantes de Pontos de Cultura discutem Políticas para Culturas Populares / Foto: Rosilda Cruz


Qual o valor da Cultura Popular na nossa sociedade? Essa questão permeou todo o debate, no Forte da Capoeira, no Santo Antônio, durante a manhã de sexta-feira (09), da Roda de Conversa "Políticas para as Culturas Populares", que integra o Fórum da TEIA Bahia 2014 – II Encontro da Rede de Pontos de Cultura da Bahia. De Zabiapunga aos Terreiros de Candomblé, passando pela cultura do sertanejo e pelos brinquedos infantis, a conversa girou em torno da valorização do saber e da manifestação popular na política.

Uma gama diversa de manifestações culturais populares fazem parte do cotidiano e da memória da população. “A Ilha de Itaparica é cheia de manifestações culturais, terno de reis, terreiros de candomblé fortíssimos, por exemplo. Precisamos de mais empenho para fortalecer essas manifestações”, afirma Sú Ribeiro, do Centro de Culturas Populares e Identitárias da Secretaria de Cultura da Bahia. Sú acredita que transformar o Centro em Instituto dotará o espaço de maior orçamento, além de permitir a criação de uma estrutura para fortalecer a cultura popular em todo Estado.

Marcelo Amado, membro da Comissão dos Pontos de Cultura da Bahia, lembra que já existe um diagnóstico da cultura popular da Bahia. Segundo ele, com o mapeamento na mão, será possível sistematizar e pensar políticas mais focadas nas necessidades desse público. Ele explica que muitos grupos, por serem apoiados como pessoa física, não conseguem realizar compras de materiais permanentes. 

"Algumas entidades que cuidam da nossa cultura popular, exemplo dos terreiros de candomblé, realizam ações sociais e religiosas ao mesmo tempo, promovendo e preservando a cultura sacra da matriz africana", disse Etélio Gomberg, membro da Rede de Memoriais em Terreiros de Candomblé d Bahia. Para Marcelo Amado  a Roda de Conversa foi bastante rica. "Nosso país precisa reconhecer a diversidade da produção cultural. É nossa identidade. A sociedade precisa ter voz e só assim teremos uma política mais precisa para o fortalecimento da nossa cultura popular”, conclui.

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